Reserva de emergência: O que é e como criar?

Já imaginou a situação repentina de perder o emprego ou ter um problema de saúde que o impossibilite de gerar renda? O que fazer e de onde tirar dinheiro para pagar as contas que não param de chegar todo mês?

São poucas as pessoas que conseguem juntar algum dinheiro no final do mês. Muitos de nós, brasileiros, temos toda a renda comprometida ou no vermelho, gastando mais do que ganhamos. E sem dinheiro reservado é muito difícil arcar com as despesas em uma situação de emergência e acabamos nos endividando.

Uma boa prática para evitar esse tipo de surpresa desagradável é fazer uma reserva de emergência.

Certo! Mas o que é uma reserva de emergência?

A reserva de emergência é uma quantia em dinheiro guardada para suprir seus custos numa situação de emergência. Você sabe a hora certa de usá-la? Esse dinheiro deve ser intocável e só pode ser usada em uma emergência de verdade.

É emergência comprar uma bolsa, comprar um carro do ano ou comer em um restaurante caro? NÃO deveria ser!

Então tenha muita disciplina neste assunto! Não vale a pena juntar esse dinheiro e desperdiçar a economia de meses ou até anos com algo que não é realmente necessário.

Como se calcula?

O cálculo da reserva de emergência é simples, mas é preciso bastante atenção. Você deve considerar todos os seus gastos mensais. Note que não é o seu salário.

Para isso é preciso que se faça um orçamento para saber quanto você tem de receita e quanto gasta com despesas fixas e variáveis, gastos extras, supérfluos etc. Enfim, definir qual o seu custo de vida mensal.

Sua reserva deve ser no mínimo de 6 meses desse custo, mas é ideal que seja de 1 ano para dar mais tranquilidade.

Por exemplo: Você ganha R$ 3000,00 de salário e gasta R$ 2.000,00 todo mês. Então sua reserva de emergência deve ser de 6 vezes R$ 2.000,00, o que totaliza R$ 12.000,00.

Com esse valor você conseguirá se manter por 6 meses numa situação emergencial.

E onde guardar esse dinheiro?

É bastante interessante você guardar seu dinheiro num local em que o tempo fará ele crescer ainda mais pela ação dos juros compostos.

Na poupança NÃO! Veja o motivo neste artigo: Poupança não é investimento

Algumas pessoas tem a preferência de deixar o dinheiro na poupança, porém a poupança não tem boa rentabilidade.

Existem investimentos de renda fixa tão seguros quanto a poupança e que rendem bem mais. Vou listar os dois mais comuns:

  • Tesouro SELIC: é um dos títulos públicos do Tesouro Direto que tem características semelhantes a poupança. Sua liquidez é D+1, ou seja, você pode solicitar o resgate do seu dinheiro que estará disponível no dia seguinte em sua conta, rende diariamente baseado na taxa SELIC, que hoje está 6,5% a.a., sendo um investimento seguro e de baixo risco. A poupança rende hoje 70% da taxa Selic ao ano. Mesmo com desconto de taxas e imposto de renda, ainda é mais vantajoso que a poupança;
  • CDB de liquidez diária: Bem semelhante ao Tesouro Selic, porém o rendimento é baseado no CDI, que é um pouco abaixo da taxa Selic, mas ainda assim rende mais que a poupança. Geralmente esse investimento é oferecido a taxa de 100% do CDI, não contrate um CDB abaixo desta porcentagem.

Esses investimentos podem ser feitos através de bancos ou corretoras de valores. Dê preferência às corretoras que não cobram taxa de custódia e o cadastro nelas é gratuito. Os grandes bancos geralmente cobram taxas de custódia para tesouro direto e oferecem rentabilidade abaixo de 100% do CDI para os CDBs.

Não caia na conversa do seu gerente!!

Espero ter ajudado. Tem dúvidas? Deixe sua pergunta nos comentários e até o próximo tema.

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